“Annabel & Sarah” é uma sopa de letras. Jim Anotsu tem uma história criativa, narrada com maturidade, e utiliza, como tempero especial, as várias referências que podemos encontrar pelo romance: livros, escritores, músicas, bandas, filmes, etc. Com certeza o leitor vai reconhecer algumas − ou muitas − destas referências.
O romance conta sobre duas irmãs: Annabel, roqueira, revoltada, com respostas venenosas na ponta da língua, e Sarah, uma patricinha com não menos personalidade. Depois de uma discussão desagradável em um bar abandonado, Sarah é puxada para dentro de uma televisão, e Annabel, para poder resgatá-la, deve levar para Estrela da Manhã − a culpada pelo rapto de sua irmã gêmea − a flor Amor-Perfeito. Desta forma, a garota é enviada a um mundo habitado por réplicas humanóides de animais. A primeira pessoa que conhece é Dean − homenagem clara a Dean Moriarty, personagem de “On the Road”, do Jack Kerouac −, leva Annabel até Op Spade, um lobo detetive. Ele é quem vai ajudar Annabel a encontrar a flor.
Ao mesmo tempo, temos a trajetória de Sarah. Assim como a irmã, ela vai parar em outro mundo. Neste lugar estranho, mais especificamente em “Allegria”, uma cidade governada por Gioconda, que obriga, através de leis severas e uma torta mágica anti-depressiva, todos os moradores a serem felizes. Não demora para que Sarah caia nas garras da tirana. Mas, para alívio de Sarah, há alguém nesse mundo de inimigos sorridentes que quer ajudá-la: Beatrice, a pequena filha de Gioconda.
A primeira coisa de que lembrei quando comecei a ler o livro foi “Alice no País das Maravilhas”. Aquela atmosfera estranha e colorida, a anormalidade dos personagens secundários e a estranheza das situações. Isto faz com que o livro seja especialmente interessante.
Algo que eu mudaria, no entanto, é o abuso de referências. Não me refiro àquelas como nomes de personagens, cidades e objetos, mas as mais diretas. O nome de uma banda, o nome de um CD, de uma música. Creio que Jim poderia ser mais sutil nestas horas.
Algo que me incomodou um pouco, também, foi a falta de vírgulas. Em algumas partes fica até um pouco difícil de pegar de imediato o sentido da frase. Nada absurdo, também. Nada que prejudique a grandiosidade desta pequena história.
Enfim, “Annabel & Sarah” é um tanto lisérgico.
O romance conta sobre duas irmãs: Annabel, roqueira, revoltada, com respostas venenosas na ponta da língua, e Sarah, uma patricinha com não menos personalidade. Depois de uma discussão desagradável em um bar abandonado, Sarah é puxada para dentro de uma televisão, e Annabel, para poder resgatá-la, deve levar para Estrela da Manhã − a culpada pelo rapto de sua irmã gêmea − a flor Amor-Perfeito. Desta forma, a garota é enviada a um mundo habitado por réplicas humanóides de animais. A primeira pessoa que conhece é Dean − homenagem clara a Dean Moriarty, personagem de “On the Road”, do Jack Kerouac −, leva Annabel até Op Spade, um lobo detetive. Ele é quem vai ajudar Annabel a encontrar a flor.
Ao mesmo tempo, temos a trajetória de Sarah. Assim como a irmã, ela vai parar em outro mundo. Neste lugar estranho, mais especificamente em “Allegria”, uma cidade governada por Gioconda, que obriga, através de leis severas e uma torta mágica anti-depressiva, todos os moradores a serem felizes. Não demora para que Sarah caia nas garras da tirana. Mas, para alívio de Sarah, há alguém nesse mundo de inimigos sorridentes que quer ajudá-la: Beatrice, a pequena filha de Gioconda.
A primeira coisa de que lembrei quando comecei a ler o livro foi “Alice no País das Maravilhas”. Aquela atmosfera estranha e colorida, a anormalidade dos personagens secundários e a estranheza das situações. Isto faz com que o livro seja especialmente interessante.
Algo que eu mudaria, no entanto, é o abuso de referências. Não me refiro àquelas como nomes de personagens, cidades e objetos, mas as mais diretas. O nome de uma banda, o nome de um CD, de uma música. Creio que Jim poderia ser mais sutil nestas horas.
Algo que me incomodou um pouco, também, foi a falta de vírgulas. Em algumas partes fica até um pouco difícil de pegar de imediato o sentido da frase. Nada absurdo, também. Nada que prejudique a grandiosidade desta pequena história.
Enfim, “Annabel & Sarah” é um tanto lisérgico.